domingo, 17 de julho de 2011

Ser de Verdade

Ser quem você é, pra você mesmo. Difícil, não? É, muita gente não consegue. Gostar de algo de verdade, fazer algo que é gratificante pra você mesmo, sem precisar soltar o verbo por aí. Eu sempre tive essa opinião de que se alguém realmente é intelectual, generoso(a), feliz, não sai por aí gritando isso aos 4 ventos. Acho que a partir do momento em que você quer que todos saibam o quão intelectual você é, ou o quão feliz ou generoso, você não é de fato. O ato de fazer alguma coisa deveria torna-lo alguma coisa, porém não torna, se você o faz para que todos o saibam e não para sua auto-gratificação, você não é nenhuma daquelas coisas que você quer que os outros achem que você é!

E quem discordar de mim é pseudo-alguma coisa.

Apesar de ser extremamente nova, eu já conheci muito tipo de gente e coisa. Gente que mentiu onde morava, gente que traiu na cara  dura, gente que perdeu valor, que se perdeu. Gente que era simples e virou fútil, gente que arriscou a vida por besteira. Conheci quem me chamou de irmã e apunhalou pelas costas, conheci quem foi simpático e depois virou a cara. Conheci um paraíso que virou inferno, conheci quem causasse situações novelescas de deslealdade e dramas. Conheci quem me virou as costas, conheci ingratidão, solidão, gente só, gente que acha que tem muita gente mas que na verdade está só. Uma coisa engraçada é que toda essa gente ou lugar, aparentava ser algo que na verdade não era. Pessoas que propagavam ser generosas demais, responsáveis demais, intelectuais demais, ricas demais, felizes demais!

Chamo-as pessoas de mentira. Gente que não sabe ser o que é, propagando ser o que não são, para que as outras pessoas se sintam atraídas e encantadas, e gostem, e venerem, e adorem...enfim. Eu não me acho melhor do que NINGUÉM. Mas nada me cansa mais do que gente de mentira. Gosto de pessoas de verdade, com sangue, que suam, que erram algumas palavras no português, que gostam de ouvir algumas músicas consideradas ruins de vez em quando. Todo mundo tem o direito de não gostar de ler, de não saber quem são certos gênios psicólogos ou filósofos, músicos. Todo mundo tem o direito de não gostar de MPB, ou de jazz, ou de blues ou de Frank Sinatra! Apesar de achar que todos deveriam gostar! Existe algo chamado respeito que deve ser posto em prática para com todos os seres, humanos ou não humanos. E todos devem isso uns aos outros! Alguém que usa de algo que não é real para atrair outras pessoas, termina ficando sozinho, pois ninguém consegue usar uma máscara 24h por dia, e acaba decepcionando essas pessoas que se sentiram tão atraídas por sua felicidade, generosidade ou inteligência. Não quero ser dramática, pois graças a decepções como estas, hoje tenho olhos abertos e escudos. Porém dói saber que alguém que você aprendeu a gostar e amar na verdade não existe, nunca existiu.

Por isso que eu digo, sejam vocês pra vocês. Sejam generosos, felizes, inteligentes, mas experimentem uma gratificação que vem de fora pra dentro...Faça algo generoso e guarde só pra você a gratificação de ter feito bem ao próximo. Leia um bom livro seja lá o que for bom pra você! Viva, seja feliz, seja de verdade.

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